A murmuração é como uma sombra que nos segue discretamente. Pode começar pequena, uma leve insatisfação que, se alimentada, cresce e se torna uma nuvem carregada que obscurece a luz da gratidão e da esperança.
Hoje vamos ver a perspectiva bíblica sobre a murmuração e como podemos, através da luz do evangelho, dissipar essa sombra e caminhar em plenitude e paz.
“Façam tudo sem queixas nem discussões, para que se tornem irrepreensíveis e puros, ‘filhos de Deus incontestáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, na qual vocês brilham como estrelas no universo’.” Filipenses 2:14-15
Paulo, em sua carta aos Filipenses, não apenas exorta os cristãos a evitarem a murmuração, mas também destaca os frutos de uma vida sem queixas: a pureza e a irrepreensibilidade. Uma vida sem murmuração nos torna estrelas a brilhar no mundo, testemunhas da bondade e do caráter pacificador de Deus.
A Natureza Destrutiva da Murmuração
A murmuração pode ser destrutiva; é uma força corrosiva na vida de um cristão, não se trata apenas de um costume irritante, mas de um pecado que repercute negativamente em toda a nossa existência, ela macula o testemunho cristão e afeta a saúde emocional, espiritual e as relações interpessoais.
1 Coríntios 10:10 diz: “E não murmurem como alguns deles fizeram e foram mortos pelo anjo destruidor.” Podemos ver os israelitas no deserto, que, apesar de terem testemunhado os milagres e a provisão de Deus, cederam à murmuração, suas queixas não só demonstraram uma falta de fé, mas também os colocaram em oposição direta à vontade de Deus, trazendo consequências fatais.
Agora debaixo da graça de Deus não estamos vulneváveis a um anjo destruidor, no entanto a murmuração em si é destrutiva, muito prejudicial.
A Sabedoria de Resguardar as Palavras
O que falam nossas bocas, ecoa em nossos corações e vice-versa. Provérbios 18:21 afirma: “A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto.” Somos, portanto, convidados a falar somente aquilo que gera vida, que encoraja e que reflete a bondade de Deus.
Em Tiago 3:10, lemos: “Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, isso não deve ser assim.” Tiago nos ensina que a incoerência de abençoar e amaldiçoar com a mesma língua é algo que deve ser mudado.
É preciso urgentemente mudar nossa maneira de reagir aos acontecimentos e não ceder a murmuração, pelo contrário, precisamos de palavras de fé, confessar o que cremos em Cristo.
Cultivando Gratidão
Gratidão é o antídoto da murmuração. O evangelho nos chama a uma vida de eterno louvor e agradecimento a Deus, ser grato pelo que temos ao invés de murmurar pelo que pensamos que deveríamos ter, ser gratos por quem somos em Cristo, ao invés de murmurar pelo que pensamos quem deveríamos ser.
Você tem muitos motivos para ser grato hoje?
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