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Fazer votos a Deus é Bíblico? da Nova Aliança?

Fazer votos a Deus é Bíblico? da Nova Aliança? É para os cristãos?

Nos últimos anos, temos testemunhado um ressurgimento de milhares de pessoas sendo iluminadas pelo entendimento da graça e da Nova Aliança. O conceito da Nova Aliança, que tem como sua pedra angular a graça divina, tem sido explorado e enfatizado por uma série de irmãos e pregadores.

Hoje juntos vamos ver por que, sob a perspectiva da graça, os votos a Deus, especialmente aqueles que envolvem promessas financeiras, não fazem parte da Nova Aliança, e por que os ensinamentos que incentivam esses votos podem não estar em sintonia com a mensagem central do evangelho.

A Nova Aliança e a Graça de Deus

A Nova Aliança, conforme apresentada nas Escrituras, é a manifestação do amor e da graça divina em sua forma mais pura. É o cumprimento do plano redentor de Deus para a humanidade, no qual a salvação e a reconciliação com o Deus o Pai são oferecidas como um presente gratuito. A graça de Deus é a fonte da Nova Aliança, o evangelho mostra que a graça é o favor imerecido de Deus para o homem.

O Novo Testamento, especialmente nas epístolas de Paulo, destaca repetidamente que a salvação é pela fé, não pelas obras (Efésios 2:8-9). Quer dizer que os crentes não precisam cumprir uma série de regras e regulamentos religiosos para obter a graça de Deus. A salvação, o favor divino assim como a bênção de Deus são recebidos por meio da fé em Jesus Cristo.

O Papel dos Votos na Antiga Aliança

Na Antiga Aliança, a prática de fazer votos a Deus era comum. Os votos eram uma maneira de comprometer-se com Deus em busca de favor divino, orientação ou bênçãos de todo tipo. Os israelitas faziam votos de ofertas, votos de ação de graças, votos de abstinência, entre outros. Esses votos muitas vezes estavam relacionados a práticas religiosas que faziam parte do sistema legalista estabelecido na Lei de Moisés.

Contudo, é importante ressaltar que os votos da Antiga Aliança eram parte de um sistema de obras, no qual as pessoas buscavam cumprir obrigações religiosas de acordo com a lei. Eles viam os votos como um meio de garantir o favor divino ou obter bênçãos específicas. Em muitos casos, isso refletia uma mentalidade de “negociação” com Deus, na qual as pessoas faziam promessas a fim de obter o que desejavam.

A Graça e a Liberdade na Nova Aliança

O cerne da mensagem da Nova Aliança é a graça e a liberdade encontradas em Jesus Cristo. Como mencionado anteriormente, a Bíblia enfatiza que a salvação é um dom gratuito de Deus, dado pela fé em Cristo, e não é alcançada por meio de obras (Romanos 3:24).

Essa mensagem é fundamental para a fé cristã, porque nos liberta do bardo do legalismo e das tentativas humanas de agradar a Deus por nossos próprios méritos. Por isso no que diz respeito a nova aliança, fazer votos a Deus é bíblico? Absolutamente não!

O papel da fé na Nova Aliança

A Nova Aliança é caracterizada pela fé em Cristo como meio de justificação e reconciliação com Deus. A Bíblia ensina que é pela fé que somos justificados, como exemplificado em Romanos 3:28: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da Lei”. Essa ênfase na fé destaca que os votos, especialmente aqueles que envolvem promessas financeiras, não são o meio pelo qual a graça de Deus é obtida.

A questão dos votos na Nova Aliança

Dada a centralidade da graça e da fé na Nova Aliança, surge a questão de por que não fazemos votos a Deus na mesma medida que o povo de Israel fazia na Antiga Aliança. A resposta a essa questão reside na compreensão de que, na Nova Aliança, a graça é incondicional.

A salvação, o favor de Deus e as bênçãos, sejam elas quais forem, não dependem de promessas pessoais ou ações específicas, mas dependem da fé na obra consumada de Cristo: sua morte, ressurreição e ascensão.

O Perigo dos Votos e Promessas Financeiras

Em algumas denominações e movimentos religiosos, a prática de fazer votos e promessas financeiras se tornou comum. Os fiéis são frequentemente incentivados a fazer votos de doações financeiras, prometendo grandes quantias de dinheiro em troca de bênçãos ou prosperidade material. Essa prática pode ser perigosa por várias razões:

  1. Potencial para exploração: O sistema de votos financeiros pode ser explorado por líderes religiosos que buscam obter benefícios financeiros, muitas vezes às custas dos fiéis que desejam agradar a Deus e receber bênçãos.
  2. Criação de pressão financeira: Muitas pessoas se sentem pressionadas a cumprir promessas financeiras, mesmo quando não podem arcar com essas obrigações. Isso pode levar a problemas financeiros e estresse e até mesmo ao desânimo em se reunir.
  3. Foco na prosperidade material: A ênfase em promessas financeiras pode desviar o foco do verdadeiro propósito da fé cristã, que não é a busca da prosperidade material, mas o relacionamento com Deus e a nova vida em Cristo.
  4. E por último essa prática não se encontra na Nova Aliança, não há qualquer registro instruindo os cristão a fazerem votos, seja de qualquer natureza.

A ênfase em votos financeiros ou qualquer outro e promessas de bênçãos materiais pode levar a interpretações distorcidas do evangelho e a uma compreensão equivocada de Deus. Pode criar uma mentalidade em que a fé seja reduzida a uma transação financeira, onde Deus é visto como um mero meio para alcançar prosperidade material e bençãos. Isso não apenas desvia o foco da verdadeira mensagem do evangelho, mas também pode causar decepção e desilusão quando as expectativas não são cumpridas.

No evangelho tudo é pela fé e nada é sob barganhas e trocas com Deus, não oferecemos nada para ter algo de Deus, nós em Cristo já temos, Ele já nos deu e por isso podemos oferecer.

A mensagem do evangelho destaca que a verdadeira bênção espiritual é recebida unicamente mediante a fé e a confiança na obra redentora de Cristo.

A verdadeira prosperidade espiritual na Nova Aliança está relacionada ao crescimento na fé, ao amor, à paz e à comunhão com Deus. O apóstolo Paulo enfatiza em Gálatas 5:22-23 que o fruto do Espirito Santo, como amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrole, são as verdadeiras marcas de um relacionamento com Deus.

Essas virtudes espirituais não podem ser alcançadas por meio de promessas financeiras ou votos, mas através da transformação do coração e da conformidade com a imagem de Cristo.

A mensagem do evangelho enfatiza que Deus é o provedor de todas as nossas necessidades, tanto espirituais quanto materiais. Em Mateus 6:33, Jesus exorta seus seguidores a buscarem primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e promete que todas as outras coisas lhes serão acrescentadas. Essa promessa reflete a ideia de que a prioridade é Deus e a confiança em sua graça são mais importantes do que realizar votos e promessas.

Fazer votos a Deus é Bíblico? Para finalizar quero destacar a afirmação de muitos irmãos sinceros que dizem ter recebido milagres após cumprir votos e promessas, sob essa afirmação é importante lembrar não há no evangelho um ensinamento a essa prática, por tanto temos que observar que não foi o voto ou a promessa que foi o “canal do milagre” mas a graça de Deus.

Se este artigo fazer votos a Deus é bíblico? ajudou você para um melhor entendimento do evangelho, compartilhe com mais pessoas e nos ajude a levar a palavra da graça mais longe.

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