Lamentações 3:21 é um verso de esperança em meio à tristeza e à aflição. O autor das Lamentações, provavelmente o profeta Jeremias, lamenta a destruição de Jerusalém pelos babilônios e a dor e o sofrimento que o povo de Judá está experimentando como resultado. No entanto, ele encontra consolo no amor e na misericórdia de Deus e expressa sua confiança na fidelidade do Senhor.
“Contudo, quero trazer à memória o que pode me dar esperança” (Lamentações 3:21).
Este verso é uma expressão de determinação do autor em não se deixar levar pela desesperança e pelo desânimo. Ele faz um esforço consciente para lembrar das coisas boas e das promessas de Deus, mesmo em meio à sua dor e sofrimento.
O comentarista bíblico Matthew Henry diz que este verso é “uma resolução firme de fortalecer a sua própria fé e esperança”.
O versículo seguinte, Lamentações 3:22, continua a expressar essa confiança no amor de Deus: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim”.
O comentarista bíblico Charles Spurgeon diz que este verso é “um raio de luz em meio à escuridão”, pois mostra que, apesar de tudo o que o povo de Judá está passando, Deus ainda é misericordioso e não os abandonou completamente. Spurgeon também observa que as misericórdias de Deus são “novas todas as manhãs” (Lamentações 3:23), o que significa que sempre há esperança para aqueles que confiam no Senhor.
Além disso, o comentarista bíblico John Gill aponta que o autor das Lamentações não se concentra apenas nas misericórdias passadas de Deus, mas também nas que ainda estão por vir: “Ele espera por elas, e tem a certeza de que virão”. Gill também enfatiza que a confiança do autor não é baseada em sua própria força ou mérito, mas na bondade e fidelidade de Deus.
O autor das Lamentações não nega a realidade da dor e do sofrimento, mas escolhe se concentrar na esperança e na promessa de Deus. Essa é uma atitude poderosa e inspiradora para todos nós, especialmente em momentos difíceis. Em vez de nos deixarmos dominar pela tristeza e pelo desespero, podemos escolher conscientemente nos concentrar nas promessas e na bondade de Deus.
Além disso, o versículo 22 nos lembra que a misericórdia de Deus é a razão pela qual não somos consumidos. É fácil nos sentir desesperados e sem esperança diante das dificuldades da vida, mas devemos lembrar que Deus é fiel e nos sustenta com sua misericórdia e graça.
Como diz o salmista: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é o meu forte refúgio; de quem terei medo?” (Salmo 27:1).
Portanto, em vez de ficarmos presos na tristeza e na desesperança, podemos nos agarrar à esperança e à fé em Deus. Podemos trazer à memória as promessas e as misericórdias de Deus, assim como o autor das Lamentações fez, e encontrar força e coragem em meio às adversidades.
Além disso, devemos lembrar que não estamos sozinhos em nossas lutas. Deus está conosco e nos fortalece, e também podemos buscar apoio e encorajamento em nossa comunidade de fé. O apóstolo Paulo escreveu: “Louvado seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações” (2 Coríntios 1:3-4).
Podemos ser uma fonte de consolo e esperança para aqueles que estão passando por dificuldades, assim como outros podem nos encorajar e nos apoiar. Juntos, podemos perseverar na fé e na esperança, sabendo que a misericórdia e o amor de Deus são constantes e nunca falham.
Lamentações 3:21 é uma mensagem poderosa de que podemos escolher trazer à memória as promessas e as misericórdias de Deus, mesmo em meio à dor e ao sofrimento.
Podemos encontrar esperança e consolo em sua fidelidade e em sua graça, e podemos fortalecer nossa fé e nossa confiança nele.
Como cristãos, somos chamados a compartilhar essa esperança com aqueles que nos rodeiam e a ser uma fonte de encorajamento e apoio uns para os outros. Que possamos todos encontrar conforto e força na promessa da misericórdia e do amor de Deus, mesmo em meio às nossas lutas mais difíceis.
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